
Inventores do novo mundo: dança em tempos de pandemia
Artistas da dança de Santa Catarina agarram as chances da Lei Aldir Blanc e enfrentam o banimento do presencial. Por Néri Pedroso.
Artistas da dança de Santa Catarina agarram as chances da Lei Aldir Blanc e enfrentam o banimento do presencial. Por Néri Pedroso.
A mostra, que inaugura o ciclo de Histórias da dança no museu, reúne um conjunto de 156 obras: fotografias e filmes de coreografias realizadas por Brown e sua companhia, a Trisha Brown Dance Company, formada em 1970, assim como desenhos e partituras/diagramas que representam suas danças.
Adaptado para o modo virtual, o projeto tem como premissa o engajamento de artistas mulheres que refletem na cena sobre as poéticas e narrativas que constituem seus corpos neste tempo. Durante seis dias, a mostra apresenta oito criações com transmissão pelo canal do Youtube da Cia Fragmento de Dança, além de bate-papo entre as artistas e o público, através da plataforma Zoom.
Anderson do Carmo, artista e pesquisador da dança, escreve sobre 'Boca de Ferro', solo de Ícaro Passos Gaya, dirigido por Lucía Russo e Marcela Levi, exibido no Festival Veracruz Escena Contemporánea, no México. Segundo o autor, o solo poderia somar-se à lista de obras as quais se credita certa aura premonitória, como se adiantassem em sua materialidade algo que estava por vir a se tramar no tecido social. “E o que estava por vir era a redução do corpo à imagem”.
“Se você não tem qualquer caminho que lhe faça sentido, a não ser a dança, então vá em frente", diz Mikhail Baryshnikov.
Na entrevista que concedeu ao Conectedance durante a temporada da peça The Old Woman em São Paulo, no Sesc Pinheiros, Baryshnikov fala das demandas da dança e do trabalho de fomento que ele desenvolve em Nova York, no Baryshnikov Arts Center.
Bailarina, coreógrafa e artista independente. Desenvolve pesquisa sobre a relação do corpo com os ritos sociais e com o tempo. Nos seus dois trabalhos solos, Occo (2007) e Como risco em papel (2009), desenvolveu a ideia de um corpo ativo que durante a sua trajetória de vida inscreve em si mesmo suas escolhas e memórias, … Continued
Em 2016 este festival anual, referência na cena internacional, chegou à 36ª edição.
Segundo seu diretor, Jean-Paul Montanari, a população de Montpellier, cidade mediterrânea do sul da França, localizada entre a Riviera Francesa e a Espanha, desenvolveu um olhar qualificado com relação à dança, graças à continuidade do evento. Com orçamento estimado em 3,2 milhões de euros, o Montpellier Danse tem como preocupação a democracia cultural e o acesso da população local à dança.